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ORLAN, “Vendre son propre corp/ Vender o próprio corpo”, impressões fotográficas de partes do corpo recortadas e coladas sobre contraplacado, dimensões varáveis, 1977. Obra parcialmente exposta em PERFORMANCE, PROJECÇÕES, DEBATES E REDAÇÕES: Casos de estudo dos Encontros Internacionais de Arte em Portugal (1974-1977), Rampa (Porto), 26 de Julho – 14 de Setembro 2024.

ORLAN, “Vendre son propre corp/ Vender o próprio corpo”, impressões fotográficas de partes do corpo recortadas e coladas sobre contraplacado, dimensões varáveis, 1977. Cortesia Galeria Alvarez Nas Caldas, ORLAN apresenta várias obras performativas: uma instalação (La Grande Odalisque, no Museu Malhoa) e as performances: Le Baiser de l’Artiste, S’habiller de sa propre nudité, Se vendre sur les marchés en petits morceaux, MesuRage, entre outras... em espaços públicos, institucionais, interiores e exteriores. Algumas delas criam tumultos na cidade das Caldas (alguns espectadores reagem por terem assistido às performances, mas outros – certamente os mais numerosos – por terem ouvidos falar delas por pessoas interpostas que também não viram as performances). Cria-se assim um boca a boca sobre essas acções, que – tendo em conta a fraca exposição da população a esse tipo de intervenção e de discurso artístico – agitaram alguns fantasmas repressivos (e regressivos) mais por causa da questão da nudez (nunca exposta) do que pelas denuncias feministas de ORLAN que expõe representações da mulher sempre oscilante entre a figura da virgem e a da prostituta. As várias peças fotográficas relativas ao corpo/obra de ORLAN, "Vendre son propre corp" ou "Se vendre sur les marchés en petits morceaux", foram apresentadas pela primeira vez no contexto da exposição "Egídio Álvaro. Lembrar o Futuro", Rampa (Porto), 2022 (curadoria de Paula Parente Pinto).

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A exposição “PERFORMANCES, PROJECÇÕES, DEBATES E REDAÇÕES” apresenta um conjunto de casos da performance-arte em Portugal, pensados a partir de diferentes materiais visuais e de comunicação social, que refletem um campo de experimentação artístico e de manifestação política e cultural, constitutivos da conquista da democracia em Portugal. Cinquenta anos passados sobre a transferência do foco do objeto artístico para o corpo, da configuração formal para a gestualidade, da perspetiva contemplativa do observador para uma relação intrusiva com o público, e da construção dos valores estéticos representativos da história da arte para a sua desconstrução através da valorização da ação ao vivo, não é possível voltar a colocar a arte de rua na instituição cultural. Reduzir as práticas artísticas da performance à catalogação de novos médiums, ou à mera catalogação dos eventos em si, é apagar-lhes as transformações sociais e políticas das quais foram reflexos e cujos discursos desencadearam novas formas de produção cultural e política. Os casos aqui apresentados questionam os suportes e práticas artísticas, bem como as revoluções que deles emanam. Curadoria: Paula Parente Pinto
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