Silvestre Pestana, “A Video-Arte”, Vila Nova de Cerveira 1980
"A vídeo-arte, como o seu próprio nome indica, faz parte duma corrente estética contemporânea, em que o ´media´ - o vídeo - assume além de um valor puramente tecnológico - um outro sentido - aqui de características especificamente plástico-expressivas. A vídeo-arte desenvolveu-se paralelamente com a produção e comercialização de equipamentos T.V. portáteis, que possibilitam ao público em geral e aos artistas em particular, a utilização dos recursos específicos da televisão, como meio versátil de novas e insuspeitáveis tecno-expressividades. Quais são estes recursos, viáveis e possíveis, que o vídeo nos faculta e nos oferece? De uma maneira geral, além da técnica de registo simultâneo e sincrónico com a acção, o vídeo permite o uso do ´feed-back´- o reprocessamento de dados - que nos permitem e impelem ao confronto contínuo da actualização informacional. Além dos recursos particulares as técnicas fotográficas e cinematográficas, a tecnologia vídeo - enquanto fotocopiadora de todas as imagens audio - nos faculta ela mesma algumas particularidades que merecem ser analisadas e exploradas. (...)"