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TITA MARAVILHA, Bocas, peça sonora realizada em colaboração com Menino da Mãe (tratamento de áudio e composição), a partir de acesso a material sonoro do Performing the Archive, 8´´, 2024. Ficheiro mp4 com imagem criada em residência no Performing the Archive, Junho de 2024.

Tita Maravilha em colaboração com Menino da Mãe (tratamento de áudio e composição) Em Portugal, a expressão "mandar bocas" refere-se a comentários ou piadas indiretas, frequentemente provocadores ou críticos. Esses comentários, muitas vezes sutis, insinuam-se sem confrontar diretamente, mas deixam claro o alvo da crítica. Partimos dessa ideia para explorar, nos arquivos, as vozes e julgamentos escondidos por trás das imagens que moldam o olhar do espectador diante de várias obras de performance presentes no Performing the Archive. Neste trabalho, poderão ser ouvidos sons de “opinião” como: “Brusco, isto é tudo uma ganda merda”, “Isto é uma indecência, uma vergonha cá prás Caldas, não acho mainada” ou “Mas qual é o interesse disto, tu que sabes falar francês?”. Essas bocas são como piropos lançados sobre corpos performativos e o inesperado. Mas será que a voz do povo é realmente a voz de Deus?

Data
Língua
Português
Abstract
CORPO MANIFESTAÇÃO é uma proposta de construção de um laboratório sobre TRANSMISSÕES DA PERFORMANCE-ARTE NOS FEMINISMOS EM PORTUGAL. Uma equipa formada por artistas/ investigadoras/curadoras reuniu-se ao longo de vários meses, visualizou e analisou documentos do acervo do Performing the Archive, procurando novas estratégias para lembrar a performance arte enquanto expressão artística a inscrever na cultura portuguesa, e recolocar em circulação materiais que necessitam ser repensados por novas gerações, encontrar novos espaços e meios de exposição. Em contexto laboratorial e de residências artísticas, diferentes convidadas, na suas respetivas valências profissionais, tiveram acesso a diferentes suportes documentais – vídeo, recortes de jornais, negativos e positivos fotográficos, provas de contacto, slides, livros, registos áudio, textos críticos, revistas, memórias, folhas de sala ou informação de redes sociais –, realizando novas entrevistas, produzindo conteúdos escritos, selecionando e produzindo obras a partir do arquivo, apresentando reflexões em diferentes contextos culturais, criando obras de arte, performances e filmes. Sem omitir ou descurar a autoria associada aos autores, artistas e performers históricos, estas estratégias poderão evidenciar as dinâmicas de receção da performance-arte nos (trans e exo) femininos, através de ativas interpretações, memórias ou confrontações com novos públicos. O resultado destes laboratórios e encontros é agora parcialmente apresentado numa exposição de acesso público no espaço do PERFORMING THE ARCHIVE (Porto), evidenciando os processos criativos e curatoriais a partir dos quais se analisam as performances de artistas femininas no processo pós-revolucionário, através dos seus suportes documentais, atualizando-as para discursos e práticas contemporâneas de transgénero ou mesmo exógenas em relação a uma ideia de género. COORDENAÇÃO CURATORIAL: PAULA PARENTE PINTO. ARTISTAS e INVESTIGADORAS: Inês Tartaruga Água, Oficina ARARA, Rita Barreira, Maria Braga, Vera Carmo, Alexandra do Carmo, Isabel Carvalho, Tânia Dinis, Bárbara Fonte, Isabel Freire, Juliana Julieta, Cláudia Madeira, Tita Maravilha, Ção Pestana, Paula Parente Pinto, Vânia Rovisco, Ana Bigotte Vieira + artistas do acervo Performing the Archive: Natascha Fiala, K. Grunewall, Chantal Guyot, Suzanne Krist, Catherine Meziat, Elisabete Mileu, Elisabeth Morcellet, ORLAN, Lydia Schouten. Este projeto conta com o apoio do Programa Criatório da Ágora @plakaporto, Fundação Calouste Gulbenkian @fcgulbenkian e DAMAS @damas.lisboa
Direitos
TITA MARAVILHA é uma artista multidisciplinar formada em artes cénicas pela Universidade de Brasília. Radicada em Portugal desde 2018, participou de diversos projetos, incluindo o Trypas Corassão, em colaboração com Cigarra. Entre 2020 e 2022, desenvolveu espetáculos como Tita no País das Maravilhas e Exercício para performers medíocres. Além disso, é programadora do Precárias: Festival de Performance. Em 2022, venceu a 5ª Bolsa Amélia Rey Colaço e, em 2024, foi premiada com o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, reconhecendo a potência política de sua arte. titamaravilha.com , Som de arquivo do Performing the Archive
Fonte
Arquivos originais: Vídeos dos III e IV Encontros Internacionais de Arte em Portugal, Póvoa de Varzim 1976/ Caldas da Rainha 1977.
Outro Contribuinte
Performing the Archive, Programa Criatório da Ágora , Fundação Calouste Gulbenkian, DAMAS