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JULIANA JULIETA, "Miror Action", 2024

"Miror Action", 2024, toma de empréstimo o título de Elisabeth Morcellet para as performances com Natascha Fiala em 17.03.1984, Paris, na Hélium Video Galerie/ Diagonale Espace Critique, um espaço cheio de espelhos. Esta peça vídeo, mistura excertos de registos das performances com registos meus no espaço de residência no Performing the Archive, tirando partido da noite e dos reflexos no espelho. O vídeo em exposição marca um ponto de partida para o estudo das performances destas duas artistas, num interesse para explorar a forma como estas ocuparam a noite - contexto carregado de conotações eróticas e de poder, historicamente um palco onde o corpo feminino era objetificado - para questionar papeis de género e sexualidade. Ao transformar esses espaços em locais de experimentação artística, Fiala e Morcellet reclamaram o corpo feminino para o seu próprio olhar e para o olhar de outras mulheres. Um corpo balançado entre dois outros corpos, exercício base de confiança, nega a ideia (socialmente imposta) de rivalidade entre mulheres contrapondo a de vulnerabilidade, confiança e erotismo. Estas interações entre corpos femininos exploram uma dimensão erótica não necessariamente ligada ao desejo heterossexual, e sim à cumplicidade e à exploração do corpo como um território de experimentação. O cortar o vestido como intenção de questionar a feminilidade; O espelho e o outro, que, nas palavras de Morcellet, refletem “interrogações sobre a sexualidade e o desejo múltiplo, sem fixação de gênero”. O vídeo original foi gravado por René Licata em 1984.

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Tipo de recurso
Digital
Abstract
CORPO MANIFESTAÇÃO é uma proposta de construção de um laboratório sobre TRANSMISSÕES DA PERFORMANCE-ARTE NOS FEMINISMOS EM PORTUGAL. Uma equipa formada por artistas/ investigadoras/curadoras reuniu-se ao longo de vários meses, visualizou e analisou documentos do acervo do Performing the Archive, procurando novas estratégias para lembrar a performance arte enquanto expressão artística a inscrever na cultura portuguesa, e recolocar em circulação materiais que necessitam ser repensados por novas gerações, encontrar novos espaços e meios de exposição. Em contexto laboratorial e de residências artísticas, diferentes convidadas, na suas respetivas valências profissionais, tiveram acesso a diferentes suportes documentais – vídeo, recortes de jornais, negativos e positivos fotográficos, provas de contacto, slides, livros, registos áudio, textos críticos, revistas, memórias, folhas de sala ou informação de redes sociais –, realizando novas entrevistas, produzindo conteúdos escritos, selecionando e produzindo obras a partir do arquivo, apresentando reflexões em diferentes contextos culturais, criando obras de arte, performances e filmes. COORDENAÇÃO CURATORIAL: PAULA PARENTE PINTO. ARTISTAS: Inês Tartaruga Água, Oficina ARARA, Rita Barreira, Maria Braga, Vera Carmo, Alexandra do Carmo, Isabel Carvalho, Tânia Dinis, Bárbara Fonte, Isabel Freire, Juliana Julieta, Cláudia Madeira, Tita Maravilha, Ção Pestana, Paula Parente Pinto, Vânia Rovisco, Ana Bigotte Vieira + artistas do acervo Performing the Archive: Natascha Fiala, K. Grunewall, Chantal Guyot, Suzanne Krist, Catherine Meziat, Elisabete Mileu, Elisabeth Morcellet, ORLAN, Lydia Schouten. Este projeto conta com o apoio do Programa Criatório da Ágora @plakaporto, Fundação Calouste Gulbenkian @fcgulbenkian e DAMAS @damas.lisboa
Identificador do Recurso
JULIANA JULIETA (Barcelos, 1994) é artista visual que trabalha entre Pintura e Cinema Experimental. Licenciada em Pintura, FBAUP (2016) e Mestre em Pintura, FBAUL (2019), com a tese e exposição individual intitulada "MEND THE GAP - O vazio que transborda em vida: pintura", 2019. Erasmus na EKA, Estónia (2017). No seu trabalho, em película ou pintura a óleo, explora a fisicalidade sensível/orgânica dos materiais e processos, inquirindo sobre uma relação táctil, sensorial, cumulativa e fenomenológica de criar imagens. Cofundou a EARTHSEA (2023), associação cultural dedicada à promoção e difusão da investigação artística interdisciplinar, com foco na interseção entre ecologia e tecnologia. Membro do Laboratório da Torre (Porto) e da Cave (Lisboa). Colabora com a Casa do Xisto como instrutora 16mm nos workshops de eco-processing. Residências Artísticas: “PRIMAL LIGHT #3 – SPECTRAL”, Laboratório da Torre e Batalha Centro de Cinema, Porto 2023. Mono No Aware (NY) exibindo filmes na Anthology Film Archives (2022, bolsa FLAD); InResidence no Performing The Archive, Porto, 2024.
Outro Contribuinte
Performing the Archive, InResidence (Porto), Programa Criatório da Ágora , Fundação Calouste Gulbenkian