Arquivos

Categoria

Subcategoria

Criador

Data

Capítulos Gerais

Grupos

ISABEL CARVALHO, “Frio, 2024” (2024), Vídeo, 8 minutos.

Em “FRIO, 2024” — que toma como ponto de partida o arquivo de registos fotográficos da performance de Ção Pestana intitulada “Frio”, 1994 — enfatiza-se a performance material: a ação mecânica dos electrodomésticos, nos seus automatismos relativamente previsíveis e funções, o seu simbolismo no espaço doméstico, a presença e a ocupação do corpo — já não o único protagonista de performatividade. Esta criação, no seu todo, é composta por fragmentos de uma conversa com Ção Pestana, ocorrida no dia 1 de fevereiro de 2024, no espaço Performing the Archive (Porto), na qual se abordou a sua formação científica inicial, o trabalho pedagógico e a investigação académica que desenvolveu, bem como a sua participação em “ações” na construção do conceito emergente de performance. Foram discutidas ideias sobre tecnologia e simbiose com o “natural”, novas formas de representação e a emancipação através do recurso a novos media, destacando-se a sua proposta estética, reconciliada com a ciência, nomeadamente com a biologia.

Subcategoria
Data
Língua
Português
Abstract
CORPO MANIFESTAÇÃO é uma proposta de construção de um laboratório sobre TRANSMISSÕES DA PERFORMANCE-ARTE NOS FEMINISMOS EM PORTUGAL. Uma equipa formada por artistas/ investigadoras/curadoras reuniu-se ao longo de vários meses, visualizou e analisou documentos do acervo do Performing the Archive, procurando novas estratégias para lembrar a performance arte enquanto expressão artística a inscrever na cultura portuguesa, e recolocar em circulação materiais que necessitam ser repensados por novas gerações, encontrar novos espaços e meios de exposição. Em contexto laboratorial e de residências artísticas, diferentes convidadas, na suas respetivas valências profissionais, tiveram acesso a diferentes suportes documentais – vídeo, recortes de jornais, negativos e positivos fotográficos, provas de contacto, slides, livros, registos áudio, textos críticos, revistas, memórias, folhas de sala ou informação de redes sociais –, realizando novas entrevistas, produzindo conteúdos escritos, selecionando e produzindo obras a partir do arquivo, apresentando reflexões em diferentes contextos culturais, criando obras de arte, performances e filmes. COORDENAÇÃO CURATORIAL: PAULA PARENTE PINTO. ARTISTAS: Inês Tartaruga Água, Oficina ARARA, Rita Barreira, Maria Braga, Vera Carmo, Alexandra do Carmo, Isabel Carvalho, Tânia Dinis, Bárbara Fonte, Isabel Freire, Juliana Julieta, Cláudia Madeira, Tita Maravilha, Ção Pestana, Paula Parente Pinto, Vânia Rovisco, Ana Bigotte Vieira + artistas do acervo Performing the Archive: Natascha Fiala, K. Grunewall, Chantal Guyot, Suzanne Krist, Catherine Meziat, Elisabete Mileu, Elisabeth Morcellet, ORLAN, Lydia Schouten. Este projeto conta com o apoio do Programa Criatório da Ágora @plakaporto, Fundação Calouste Gulbenkian @fcgulbenkian e DAMAS @damas.lisboa
Identificador do Recurso
ISABEL CARVALHO (Porto, 1977) O seu percurso artístico caracteriza-se por uma forte componente experimental, sustenta-se na investigação, principalmente no domínio da filosofia e da literatura, e desenvolve-se no cruzamento das artes com as ciências e o conhecimento especulativo. Nos seus projetos aborda recorrentemente questões relativas à materialidade subjacente à linguagem e extensíveis às formas expressivas não-verbais. O seu trabalho tem-se desenvolvido na íntima articulação entre as artes visuais, a escrita, a edição e a publicação de livros, grupo de expressões ou meios que, ao longo dos últimos anos, têm vindo a expandir para a escultura e a ocupação do espaço tridimensional. Expõe individual e coletivamente, destacando-se, entre as mais recentes apresentações, as seguintes: Casting a Sounding Voice, no CAAA — Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitetura (2023, Guimarães), Museu Mineiro, na Galeria Quadrado Azul (2022, Porto), Langages Tissés, no Centre d’Arte Le Lait (2021, Albi, França), Strange Attractor, no Pavilhão Branco (2021, Lisboa) e Pés de barro, na Galeria Municipal do Porto (2021, Porto) e AR(a)C(hné)-EN-CIEL, na Galeria Quadrado Azul (2019, Lisboa). Fez residências na NTU Centre for Contemporary Art Singapore, Singapura; na Kunstlerhaus Bethanien, Berlim, Alemanha; na Maaretta Jaukkuri Foundation, Lofoten, Noruega e no PAN café, Paris, França. Está representada em várias coleções públicas e privadas. Foi responsável pelo projeto Navio Vazio, um espaço de ocupação temporária de experimentação editorial a três dimensões. Em 2017, iniciou o projeto editorial de uma revista — Leonorana—, da qual é autora e editora. É membro fundador da EARTHSEA — Associação cultural dedicada à promoção e disseminação da investigação artística interdisciplinar, centrada na interseção entre ecologia e tecnologia.
Outro Contribuinte
Performing the Archive, Programa Criatório da Ágora , Fundação Calouste Gulbenkian