Arquivos

Categoria

Subcategoria

Criador

Data

Capítulos Gerais

Grupos

Performance de Ulrike Rosenbach na galeria Quadrum (Lisboa), 10 Outubro 1978.

Ernesto de Sousa colabora com Dulce D'Agro em 1978 na programação da Galeria Quadrum. Organiza uma série de aulas na galeria e apresenta a conferência "Arte-Processo ou Artes da Acção”, no âmbito de um ciclo que inclui performances de Gina Pane e Ulrike Rosenbach, uma exposição de Silvie e Chérif Dafroui e um programa de arte-vídeo apresentado por Dany Bloch. Apresenta uma exposição do artista italiano Fernando de Filipi (que tinha participado nos IV Encontros Internacionais de Arte nas Caldas da Rainha) e uma série de exposições individuais de José Conduto, Leonel Moura, Mário Varela e Irene Buarque. Em Novembro de 1978 Ernesto de Sousa apresenta na Quadrum a exposição "A Tradição como Aventura" na Galeria Quadrum, 1978.Programação da galeria Quadrum no ano de 1978: 1978 Ana Vieira. Projecto Ocultação-Desocultação. 18 Jan. - 15 Fev. Valentino Vago. Pintura. 1 - 30 Mar. (exposição organizada a partir de intercâmbio com a Galleria Morone 6, Milão) Ciclo Técnicas de Vídeo, Performance e Happening: Gina Pane. A Hot Afternoon 3. Performance e Body Art. 4 - 5 Abr. (ciclo organizado em colaboração com Ernesto de Sousa) Ciclo Técnicas de Vídeo, Performance e Happening: Cherif Defraoui, Dilvie Defraoui, La Route des Indes. Performance, Fotografia e Objectos. 7 Abr. (ciclo organizado em colaboração com Ernesto de Sousa) Ciclo Técnicas de Vídeo, Performance e Happening: Dany Bloch. Arc Deux Paris. Video Art. 4 - 5 Maio (ciclo organizado em colaboração com Ernesto de Sousa) E. M. de Melo e Castro. Sínteses, 1961-1978. 8 - 31 Maio Eurico Gonçalves. Desdobragens. Pintura, Jun. - Jul. Accrochage de Artistas Portugueses. Set. (Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, António Sena, E. M. de Melo e Castro, Eurico Gonçalves, Graça Pereira Coutinho, João Moniz, Jorge Pinheiro, José Rodrigues, Nadir Afonso, Noronha da Costa, Vítor Fortes) Ciclo Técnicas de Vídeo, Performance e Happening: Ulrike Rosenbach. Reflections on the Birth of Venus. Performance e Vídeo. 10 Out. (ciclo organizado em colaboração com Ernesto de Sousa) Fernando Di Filippi. Performance. 12 - 30 Out. Ernesto de Sousa. A Tradição como Aventura. Instalação. 7 - 30 Nov. Irene Buarque. Janela. Leitura e contra-leitura de um espaço limite. Instalação. Dez. Mário Varela. A Memória como Arte, 19 Dez. - 1 Jan. 1979Ulrike Rosenbach nasceu em 1943 em Bad Salzdetfurth, Alemanha. De 1964 a 1972 Rosenbach estudou escultura na Kunstakademie Dusseldorf; 1970; tornou-se aluna de mestrado do Prof. José Beuys. Em 1971, Rosenbach produziu os seus primeiros trabalhos em vídeo e os primeiros trabalhos performáticos em 1972. Desde então, realizou trabalhos de media com vídeo/áudio, fotografia e performance. Em meados dos anos setenta do século passado, o seu trabalho artístico tratou de temas como os modelos tradicionais de mulheres. Este contexto do seu trabalho ajudou a formular uma identidade feminina a partir de uma perspectiva feminista. Em 1975, ela fundou uma oficina “escola de criatividade feminista” em Colónia e se autodenominou uma artista feminista. Em seguida, realizou uma série de performances com media em vários institutos de arte internacionais. Ulrike Rosenbach tornou-se a mais renomada artista de media internacional de sua geração, vinda da Alemanha. Em 1977, seu trabalho de instalação e performance foi exibido na documenta 6 em Kassel/Alemanha e em 1987 na documenta 8. Vídeo: REFLECTIONS ON THE BIRTH OF VENUS 1978, 21:20 min. REFLECTIONS ON THE BIRTH OF VENUS é uma peça de vídeo que se insere no amplo ciclo de trabalhos fotográficos e performativos sobre o tema de Vénus. O ponto de partida é a obra de Botticelli “O nascimento de Vénus”, datada do século XV. Até aos dias de hoje, esta pintura serve de modelo muito utilizado para a representação da beleza feminina e da disponibilidade sexual da mulher. Tornou-se “um cliché da adaptação erótica da mulher às necessidades sexuais do homem”, como escreve Rosenbach em 1975. No ecrã, vê-se a figura da deusa nua numa grande concha: solitária, despojada do seu ambiente pitoresco, em frente a um fundo negro, projectada em tamanho real na parede. Na imagem da figura de Vénus, a forma da artista gira lentamente à sua volta, ao ritmo da canção de Bob Dylan “Sad-eyed Lady of the Lowlands”. Tal como o ritmo da mudança entre o dia e a noite, a atriz que gira torna-se alternadamente visível e invisível. A obra impressiona pelo seu movimento eficaz e simples, que exerce um fascínio surpreendente devido à sua coerência.