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Convite para "Operação 1 e 2" de Ana Hatherly, apresentada na Galeria Dominguez Alvarez (Porto), 20/01 - 31/01/1968

Ana Hatherly apresenta-se vinda da Galeria Quadrante (1967), onde apresentara: "Operação 1" de Ana Hatherly, E. M. de Melo e Castro, José-Alberto Marques, António Aragão e Pedro Xisto. "Operação 2: Estruturas Poéticas " de Ana Hatherly. "Conferência-Objecto” de Ana Hatherly, E. M. de Melo e Castro e Jorge Peixinho.

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J.N, 24.1.1968 "Artes Plásticas: Exposição de pesquisas poéticas e gráficas na Galeria Alvarez": "Acontecimento chocante na pacatez cultural do Porto, ultimamente mais acentuada do que nunca, foi a exposição de pesquisas estruturais, linguísticas, inaugurada na Galeria Alvarez, à Rua da Alegria 177, por um conjunto de poetas de orientação concretista e estruturalista, ou seja, dos nossos colaboradores Ana Hatherly, E. M. de Melo e Castro e António Aragão, José-Alberto Marques e do brasileiro Pedro Xisto. A galeria encheu-se completamente de pessoas interessadas no debate dos problemas culturais do nosso tempo, vendo-se muitos poetas e artistas plásticos, muitas senhoras, mas sobretudo jovens. Os trabalhos expostos eram, a uma primeira observação, deveras intrigantes: tratar-se-ia de poesia ou de artes plásticas? De leviandade de intelectuais ociosos ou de algo de sério e culturalmente útil? Pareceu-nos que a maioria adoptava uma atitude de prudente simpatia ou de expectativa, ou de benevolente cepticismo. Aliás a expositora, Ana Hatherly, que se deslocou de Lisboa ao Porto para assistir à inauguração da exposição, iria depois explicar o que significavam os trabalhos expostos. (...) O colóquio foi precedido de breves palavras introdutórias do nosso camarada José Viale Moutinho e terminou com uma curiosa experiência musical, que foi a audição simultânea de três composições de Jorge Peixinho por este reguladas de modo a construir-se uma estrutura musical nova resultando da junção de três primitivas. (...)" ver texto completo reproduzido em Porto60/70: os Artistas e a Cidade. “Em Janeiro de 1968 Ana Hatherly foi ao Porto apresentar a mesma exposição das OP.1 e 2. Desta vez não houve «conferência-objecto» e só Jorge Peixinho, de entre todos os outros colaboradores, esteve presente. (...) O colóquio foi precedido de breves palavras introdutórias do nosso camarada José Viale Moutinho, e terminou com uma curiosa experiência musical, que foi a audição simultânea de três composições de Jorge Peixinho por este reguladas de modo a construir-se uma estrutura musical nova resultando da junção das três primitivas. (...) A exposição estará patente ao público até ao dia 31 do corrente”. Ana Hatherly e E.M. de Melo e Castro, “PO-EX, textos teóricos e documentos da poesia experimental portuguesa”, p.87,88.